A criança do fim.
Uma experiência poética dos sentimentos do texto Véu das Memórias.
Estrelas acendem seu brilho
Ao entardecer do céu no crepúsculo do dia.
Nossas mentes, em silêncio, ascendem
Ao alvorecer do véu no nascimento da vida.
O lusco-fusco do poente
Anuncia o ocaso que se aproxima e circunda
O declínio do brilho da mente.
Como pesada névoa sorrateira e impalpável,
Carrega consigo tudo que fui.
Esqueço-me dos outros e de mim mesmo.
No labirinto silencioso, os ecos do passado,
Busco ao acaso as lembranças mais antigas,
Como estrelas cravejadas em diamantes na mina.
Agora obscura, se aproxima a noite velada mais profunda.
Despede-se o adulto, velho e quebrantado,
Voltando a ser criança, doce cantiga,
Na noite da mente onde o tempo não alcança, cansado.
Em passos incertos avança e nos castiga
O vento da existência as pegadas apaga.
Cada passo, uma memória que se esvai.
Dança, pequena e íntima criança, dança sob as estrelas!
Ela ainda lembra da suave e perfeita alegria
Antes que até mesmo ela se desfaça
Na areia da ampulheta do tempo que se esvazia.
Não passamos de amontoados de memórias
Que passam e não mais retornam
Na noite da mente onde o tempo não alcança.
Escrito como um reflexo de





