Minha realidade
Minha realidade onde navego, sem tino, tentando fugir deste mundo que me faz sangrar em espinhos. Nesse mar turbulento feito de lamentos não vejo calmaria ou a paz do silêncio. Perdido, procuro estrelas, luzes de prudência, guias entre a escuridão e ondas violentas. Mas a prudência abandonei desde o momento que entrei no mar. Então sozinho entre espinhos fiquei, esperando meu tempo acabar. Repentinamente, uma luz surgiu, não entre nuvens, mas sim nos espinhos, nos caules e folhas cinzas surge algo com brilho. Uma rosa, vibrante Uma rosa, pequena. Me lembra que na turbulência ainda devo viver uma vida plena. Satisfeito, seguro o leme e dou meia volta no mar, finalmente entendendo que a felicidade está aqui, basta enxergar.
Leticia Fujita Schulz



